quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Hortas orgânicas de Cuba

Durante décadas, Cuba usou agrotóxicos e adubos químicos na agricultura. Hoje, quase toda a agricultura é orgânica, mostrando como alimentar um mundo faminto.

Após a revolução cubana em 1959, quando Fidel Castro chegou ao poder, Cuba entrou em período de rápida modernização. A agricultura cubana foi industrializada, dominada por amplas monoculturas de produtos para o mercado (principalmente açúcar e fumo, mas também banana e café).
Os Estados Unidos impuseram um embargo econômico à Cuba comunista, forçando a pequena nação a depender do comércio com a União Soviética e outros países do bloco comunista. Condições comerciais generosas, oferecidas pela União Soviética, permitiram que Cuba vendesse seu açúcar por cinco vezes o preço de mercado e comprasse petróleo e defensivos agrícolas a baixo custo. Cuba dependia da importação de alimentos — comprando 100% do trigo, 90% do feijão e 50% do arroz consumido. Milhares de tratores foram comprados para substituir os tradicionais arados puxados por bois.
O colapso da União Soviética em 1989 foi um desastre para Cuba. O cancelamento da ajuda soviética significou que 1.300.000 toneladas de adubo químico, 17.000 toneladas de herbicidas e 10.000 toneladas de agrotóxicos não podiam mais ser importadas e o combustível disponível para a agricultura diminuiu drasticamente. Em um ano, Cuba perdeu mais de 80% de seu comércio e os preços do açúcar caíram. Pela primeira vez desde a revolução, o povo cubano enfrentou fome e desnutrição.
Para fazer face a essa crise, o governo e povo cubanos vêm trabalhando durante a última década com os recursos que restaram — gente, terra, animais, conhecimento e criatividade.
Milhares de pequenos lotes de terra dentro e nos arredores da capital, Havana, foram distribuídos a moradores que os transformaram em hortas produtivas. Em 1998, já havia mais de 8.000 sítios urbanos e hortas comunitárias cultivados por mais de 30.000 pessoas.
Hoje, essa agricultura urbana supre boa parte da necessidade de alimentos de Cuba (veja o quadro abaixo).
As hortas urbanas de Cuba
A quantidade de alimentos produzidos pela agricultura urbana aumentou de 40.000 toneladas em 1995 para 115.000 toneladas em 1998. Em 1999, a agricultura urbana orgânica (principalmente em Havana) produziu:
65% de todo o arroz consumido no país
46% dos vegetais frescos
38% das frutas não cítricas
13% de raízes, tubérculos e bananas
6% dos ovos
Quase toda a produção desses sítios é orgânica, pois é proibido por lei usar agrotóxicos dentro dos limites da capital. Os agricultores urbanos também descobriram que os problemas com pragas diminuíram devido à grande diversidade das plantas cultivadas. “Estamos atingindo o equilíbrio biológico. As pragas estão sendo controladas pela presença constante de predadores no ecossistema. Quase não preciso aplicar qualquer substância para o controle”, comenta o responsável por uma das hortas urbanas. No campo, criaram bois para substituir os tratores que se tornaram inúteis devido à falta de combustível e de peças sobressalentes. O esterco é usado para fertilizar e para formar a estrutura do solo. Um sistema integrado de controle de pragas está sendo desenvolvido para substituir os pesticidas que não estão mais disponíveis.
Foram estabelecidos mais de 200 centros regionais para informar sobre o controle biológico de baixo custo para substituir os defensivos agrícolas. A broca da cana-de-açúcar é combatida com enxames de um tipo de mosca parasítica, a Lixophaga. As lagartas são combatidas por uma pequena vespa, a Tricograma, que se alimenta dos ovos das lagartas. Talos de bananeira são embebidos em mel para atrair formigas; estes talos são depois colocados nas plantações de batata-doce, onde as formigas controlam a broca da batata-doce — uma das grandes pragas.
Utilizando com sucesso técnicas orgânicas em todo país, Cuba virou a sabedoria convencional de cabeça para baixo. Mostrou que consegue alimentar sua população — neste caso 11 milhões de habitantes — sem precisar de produtos químicos caros. Mostrou, também, como a produção em pequena escala pode ser eficiente, com a maior produtividade vinda de várias hortas urbanas cultivadas pela população local. Trata-se de um estudo de caso muito importante para o debate sobre a possibilidade de alimentar o mundo com formas ecológicas de agricultura.

Para mais informações, entre contato com o Grupo de Agricultura Orgânica:
Tulipan 1011 e/Loma y 47 • Apdo. Postal 6236C • Código Postal 10600 • Nuevo Vedado • Ciudad de La Habana • Cuba • Telefone e fax: 00xx53 (7) 845-387 • E-mail actaf@minag.gov.cu

"Nós somos o que comemos"


       Esta antiga declaração de Hipócrates: "Nós somos o que comemos", precisa, a nossa mão, um momento de reflexão. 

         É preciso recuperar a consciência de "aquilo que comemos" e de "como comer".

 Nós nos esquecemos das lições que a natureza nos dá, em nossa cegueira "eu não tenho tempo "nosso escudo" o meu trabalho, o meu dever”, da nossa “(in) disciplina” alimentar. 

 Inúmeros fatores afetam a qualidade da vida moderna, de forma que a população deve conscientizar se da importância de alimentos contendo substâncias que auxiliam a promoção da saúde, trazendo com isso uma melhora no estado nutricional. 

 A incidência de morte devido a acidentes cardiovasculares, câncer, acidente vascular cerebral, arteriosclerose, enfermidades hepáticas, dentre outros, pode ser minimizada através de bons hábitos alimentares. 


 "As comprovações científicas sobre a incidência de câncer causado pelo "consumo forçado de agrotóxicos" e demais complicações graves à saúde humana, aliada a ausência de oferta e de acesso às alternativas naturais e saudáveis, constitui-se como uma violação ao direito humano à alimentação adequada".

  O equilíbrio alimentar, além de exigência de uma produção e cultivo natural, necessita de alimentos funcionais ou nutracêuticos, que têm sido considerados sinônimos. 

  Os alimentos funcionais devem estar na forma de alimento comum, serem consumidos como parte da dieta e produzir benefícios específicos à saúde, tais como a redução do risco de diversas doenças e a manutenção do bem-estar físico e mental.
  
Veja o Artigo Terapia Floral e Alimentação Funcional - do Prof.Josef Karel Tlach*




Alimentos Nutracêuticos: uma Farmácia em sua Casa

 

A alimentação natural é a farmácia (diga-se de passagem, “barata”) que trata da sua saúde. Mas o que poucas pessoas têm conhecimento é que substâncias que compõem determinados alimentos, chamados nutracêuticos ou funcionais, podem prevenir e até mesmo tratar de vários tipos de doenças.
http://www.todavidanutricao.com.br/site/wp-content/uploads/2013/06/comer.jpgOs nutracêuticos são alimentos, ou parte deles, que têm a capacidade comprovada de proporcionar benefícios à saúde, como a prevenção e tratamento de doenças. O termo nutracêutico vem de “nutri”, nutriente e “cêutico”, de farmacêutico, ou seja, alimentos que nutrem e trazem saúde. É a medicina natural tratando da saúde das pessoas e prevenindo as suas doenças.
Na verdade, todo alimento natural (aquele que não foi processado industrialmente) pode ser classificado como "funcional" já que contém, em doses variáveis, componentes essenciais à nossa saúde, como vitaminas, minerais, enzimas, fibras, etc. Porém, certos alimentos contém, além destes, outros componentes com grande capacidade protetora da saúde.
Desde de o “tempo das cavernas”, o homem procurava os seus alimentos na natureza e aprendeu com os animais (através da observação e da experimentação) a comer os alimentos que poderiam curar as suas doenças. Daí, surgiu a fitoterapia, onde foi utilizada por pagés, magos, alquimistas, padres, terapeutas e médicos. Aliás, a indústria farmacêutica sintetizou as moléculas dos produtos naturais para produção de vários dos seus remédios.
http://revistaeu.com/wp-content/uploads/2014/07/siamo-quello-che-mangiamo.jpgHoje, vemos os polêmicos transgênicos que pretendem revolucionar a cadeia produtiva. Mas existe uma pequena revolução nas prateleiras dos supermercados, onde consumidores cada vez mais conscientes e exigentes querem em suas mesas os alimentos nutracêuticos, os alimentos que trataram da saúde dos seus ancestrais. 
O homem cria e transforma as suas ideias, mas sempre volta as suas origens. Os antigos tinham toda a sabedoria do mundo porque estavam em contato direto com a natureza. 

Hoje, o chamado “homem civilizado” vive estressado, se alimentando muito mal com alimentos cada vez mais industrializados e com menos nutrientes. É a grande e bonita fruta na feira que impressiona os olhos, mas não tem gosto e não tem os seus nutrientes essenciais. E os agrotóxicos estão cada vez mais poderosos e muito mais prejudiciais à saúde do ser humano.

Mas nem tudo está perdido. Temos muitas frentes (de homens justos e de boa índole) tentando trazer aos lares dos consumidores (porque não dizer seres humanos) um produto natural e de boa qualidade. Existem algumas dicas para uma boa alimentação que são importantes de serem observadas:

Água Mineral - A água é uns dos elementos fundamentais para a existência do homem, é um dos principais componentes do organismo, cerca de 60 a 70% do corpo de um adulto, ela participa da composição de todos os líquidos e células, desempenhando funções importantes no metabolismo normal, por exemplo: dissolvendo e veiculando vários nutrientes fornecidos na alimentação, assim como as toxinas e outros elementos que deram ser eliminados do organismo,regulando a temperatura corpórea etc. Muitos problemas de saúde da população são relacionadas a água (comum). São doenças provocadas por vírus, bactérias, protozoários e helmintos (“vermes”) ou por agentes químicos presentes na água, geralmente resultado da poluição. Não comprar água mineral de procedência duvidosa para pagar um preço mais barato. Pense que a água é um grande preventivo das doenças. Muitas vezes, o barato sai caro. Escolha muito bem os vasilhames: eles devem ser transparentes, limpos, bem cuidados, sem arranhões, com lacre e com análise química atualizada. Vá pessoalmente conhecer a sua distribuidora de água mineral: veja o armazenamento dos garrafões, a limpeza do local, a validade do produto, o cuidado no armazenamento, etc. Não compre água mineral de postos de gasolina (ela pode estar contaminada). Os refrigerantes são considerados “água morta” por não serem naturais.
Sal marinho - substitua o sal refinado pelo sal marinho. Como o Dr. Marcio Bontempo disse: “o sal marinho contém cerca de 84 elementos que são, não obstante, eliminados ou extraídos para a comercialização durante o processo industrial para a produção do sal refinado. Perde-se então enxofre, bromo, magnésio, cálcio e outros menos importantes, que, no entanto, representam excelente fonte de lucros. Uma industria que esteja lucrando com a extração desses elementos do sal bruto é geralmente poderosa e possui a sua forma de controle sobre as autoridades. É claro que será então dada muita ênfase a importância do sal refinado empobrecido e pouca ao sal puro, integral, abominado.” O sal marinho tem cristais maiores que o sal refinado, portanto, utilize a mesma quantidade de sal marinho (somente aguarde mais tempo para experimentar a comida - para que os cristais de sal se dissolvam adequadamente).
Açúcar Natural - substitua o açúcar refinado pelo açúcar natural (garapa, melado, rapadura, açúcar mascavo). O melado é um dos alimentos que mais contém ferro na natureza. A cana de açúcar é originária da Índia. Uma planta selvagem que começou a ser cultivada em jardins e dela tirava-se a água de açúcar, que depois foi se transformando no próprio açúcar, considerado então um remédio, que aparecia nas receitas dos médicos orientais. Mas, o uso do açúcar como alimento começou depois, por volta do século X, na Índia e na China. Ele foi trazido pelos árabes para a Europa e no século XV já era um dos principais produtos comercializados pelos povos do Mediterrâneo. Neste período, os portugueses passaram a dominar as técnicas do fabrico do açúcar em suas ilhas atlânticas - Açores, Madeira, São Tomé e Príncipe - e logo as trouxeram para o Brasil. Nos anos de 1800, não se ouvia falar em diabetes; os escravos viviam da rapadura, farinha de mandioca e carne seca (até hoje consumida pela população carente brasileira, especialmente, dos Estados do Norte e Nordeste).

Arroz Integral - substitua gradualmente o arroz branco pelo integral ou farelo de arroz. O arroz integral é envolto por uma película que é justamente o que o mantém integral. Esta película segura o germe do grão que juntos formam uma dupla designada farelo. Podemos então considerá-lo um alimento funcional.
O arroz branco, por sua vez, não contém esta película porque ela foi retirada no processo da refinação. Portanto, este arroz não contém farelo, não podendo ser indicado como alimento funcional.
Farelos (de arroz, aveia, soja e trigo) - ricos em fibras. Estimulam o funcionamento intestinal, reduzem o colesterol. Os farelos são ricos em vários compostos ativos, entre eles as fibras (que estimulam o funcionamento intestinal), os fitatos (que protegem o organismo do depósito de chumbo (trabalho do Dr. Jaime-Amaya - Unicamp), os ácidos graxos insaturados, as proteínas e vitaminas B1 principalmente. Duas colheres de sopa de farelo por dia é o suficiente. Misture com leite, suco, frutas,etc no café da manhã, no almoço com o arroz e o feijão, no jantar, etc.
Óleo de Girassol - substitua o seu óleo de soja pelo óleo de girassol. O que diferencia o óleo de Girassol dos outros óleos é a concentração de ácidos graxos. Os ácidos graxos que interessam sob o ponto de vista da nutrição, são os insaturados oléico, linolênico e linoléico, principalmente este último capaz de dissolver e eliminar o excesso de colesterol no organismo, deixando-o na taxa normal. A concentração de ácido linoléico no girassol é de 62,2% enquanto há 21,l% de óleo oléico. Essa característica, garante ao óleo de girassol propriedades altamente reguladoras nas doenças cardíacas. Procure no supermercado óleo de girassol de primeira prensagem a frio: é um pouco mais caro que os de soja e girassol comuns, mas de melhor qualidade

Vinagre de Maçã - substitua o seu vinagre de vinho, de álcool, etc. Este ingrediente tem a sua eficácia na redução de peso, na redução da celulite e na desintoxicação do organismo. Mas o vinagre de maçã também apresenta muitos outros benefícios para a saúde, tais como, redução do colesterol, promove uma boa circulação sanguínea, melhora o metabolismo, facilita a digestão e contribui para a manutenção de uma pele saudável. Procure o vinagre de maçã natural.
Chá verde (green-tea) - rico em polifenóis que previnem o câncer e doenças do coração. Tome-o quente, porém, não fervendo. Todo o chá, com o passar do tempo, chá vai fermentando e perdendo as suas qualidades.
Vegetais crucíferos (brócolos, repolho, couve-de-bruxelas, rabanete, couve-flor) que possuem grandes quantidades de glicosinolatos que previnem o câncer. Procure os alimentos orgânicos – sem agrotóxicos e com muito mais sais minerais e vitaminas.
Consuma frutas cítricas - (ricas em limoneno) que previnem o câncer e fortalecem o sistema imunológico.
Alho e a cebola - contem alicina e estimulam o sistema imune, são varredores de radicais livres; reduzem colesterol e triglicérides. A cebola de melhor qualidade é a vermelha.
Produtos lácteos (iogurte, queijo, ricota) substitua o leite pelos produtos lácteos. Eles são pré e próbióticos e melhoram a flora bacteriana. O kefir (que é o coalho de leite) possui mais de 20 colônias de lactobacilos que auxiliam muito a flora intestinal.
Linhaça - (que contém lignana) modula o sistema imune, reduz o colesterol e diminui o risco de doenças cardiovasculares. Compre a linhaça em grão e bata no liquidificador a quantidade que você vai ingerir no dia.
Esta é uma pequena parcela dos produtos nutracêuticos e o que eles podem fazer por você, pela sua família. Sabemos que o hábito alimentar não se muda “da noite para o dia”. Mas, ele pode ser modulado e implementado no decorrer do tempo. Mude aos poucos... os benefícios serão enormes. Você estará contribuindo para que os alimentos sejam de melhor qualidade. Se o consumidor exigir, a cadeia produtiva mudará os seus conceitos. Afinal, os produtores querem atender as necessidades dos seus consumidores. 

Tenha qualidade de vida! Tenha saúde, se alimentando melhor!
*Prof.Josef Karel Tlach – Terapia Floral e Alimentação Funcional
Fonte: (http://www.novaera.org/saude/alimentos_nutraceuticos.htm)

 

terça-feira, 14 de abril de 2015

Confira a Programação




O COMITÊ MARINGAENSE DA CAMPANHA PERMANENTE CONTRA OS AGROTÓXICOS E PELA VIDA CONVIDA PARA A JORNADA UNIVERSITÁRIA EM DEFESA DA REFORMA AGRÁRIA.


A Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária da Universidade Estadual de Maringá tem o objetivo de promover a reflexão no ambiente acadêmico sobre a urgência da Reforma Agrária e denunciar a violência no campo. 
O Abril Vermelho, nome dado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra às suas atividades de ocupações e atos em prol da realização da reforma agrária ocorridas em todo o mês de abril, tem como objetivo lembrar um dos vários atos de violência sofridos pelos camponeses, mas principalmente do “Massacre de Eldorado dos Carajás”, ocorrido em 17 de abril de 1996, no Pará.  Pelo ocorrido, o dia passou a ser lembrado internacionalmente como o “Dia de Luta Camponesa” em homenagem a todos e todas que tombaram na luta pela terra e pela democracia no Brasil e no mundo!
Diante de tantas atrocidades cometidas contra os movimentos sociais no passado e atualmente, criminalizando suas lutas, negando seus direitos e ignorando suas reivindicações, a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária da UEM, traz a memória e apoia a luta no campo por meio de diversas atividades realizadas na Universidade e fora dela. A promoção se dá por diversos órgãos de pesquisa e extensão, assim como por entidades de base sindicais e estudantis e é parte da agenda da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

Nesta sexta-feira, dia 17, próximo à cantina dos quiosques, em frente AO LAEE – Lab. de Arquitetura, Etnologia e Etno-História (TULHA), estará ocorrendo uma atividade cultural que homenageia os mortos no massacre de Eldorado. Também haverá exposição de documentários, fotos,  mesa de debates, místicas/apresentações artísticas, além de feira de produtos agroecológicos e da reforma agrária. Convidamos toda a comunidade acadêmica e pessoas interessadas no debate a participarem desta atividade.

Data: 17 de Abril de 2015

Hora: 09:00h

Local: No caminho da Biblioteca em direção ao Bloco G34 da UEM – em frente à Tulha!

09h: Abertura com Cerimonial da UEM. Autoridades e Convidados.

09h30m: Mística de Abertura – Escola Milton Santos do MST e Abaecatu.

09h50m: Vídeo Documentário Massacre de Eldorado de Carajás e Reforma Agrária

10h20: Mesa de Debates;
·       MST do Paraná – 15m
·       Outros – 5m cada! Máximo de 5 intervenções!
·       Abertura debate – 5 intervenções de 3m.

11h30m: Apresentação do grupo Maracatu Ingazeiro e anúncio da restauração dos Totens com a Presença do Artista Autor Jorge Pedro (junto aos mesmos) fora da Tenda!

12h00m: Intervalo Almoço.

14:00h: Cine Reforma Agrária: Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida Maringá – Documentário: O Veneno Está na Mesa II.
(completar programação)

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A Jornada Universitária terá sequencia dos dias:
29/04 às 19h30, campus de Cianorte: "Educação do Campo e Reforma Agrária". Convidados: prof. Dr. Fernando Martins (UNIOESTE-Foz do Iguaçu), reprsentante da Direção Estadual do MST/PR

30/04 às 19h30 - auditório do Bloco I-12: O campo da Educação do Campo". Convidado: prof. Dr. Fernando Martins (UNIOESTE-Foz do Iguaçu)

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sobre a Campanha

A Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida tem o objetivo de sensibilizar a população brasileira para os riscos que os agrotóxicos representam, e a partir daí tomar medidas para frear seu uso no Brasil.
Hoje já existem provas concretas dos males causados pelos agrotóxicos tanto para quem o utiliza na plantação, quanto para quem o consome em alimentos contaminados. Ao mesmo tempo, milhares de agricultores pelo Brasil já adotam a agroecologia e produzem alimentos saudáveis com produtividade suficiente para alimentar a população.
A Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida luta por um outro modelo de desenvolvimento agrário. Por uma agricultura que valoriza a agroecologia ao invés dos agrotóxicos e transgênicos, que acredita no campesinato e não no agronegócio, que considera a vida mais importante do que o lucro das empresas.
Os Agrotóxicos no Brasil
O Brasil é o líder do ranking mundial de consumo de agrotóxicos. O uso excessivo dos agrotóxicos está diretamente relacionado à atual política agrícola do país, adotada desde a década de 1960. Com o avanço do agronegócio, cresce um modelo de produção que concentra a terra e utiliza altas quantidades de venenos para garantir a produção em escala industrial. O campo passou por uma “modernização” que impulsionou o aumento da produção, no entanto de forma extremamente dependente do uso dos pacotes agroquímicos (adubos, sementes melhoradas e venenos). Assim, mais de um milhão de toneladas de venenos foram jogados nas lavouras somente em 2010, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), na última safra foram comercializados mais de 7 bilhões de dólares em agrotóxicos. Todo este mercado está concentrado em apenas seis grandes empresas transnacionais, que controlam mais de 80% do mercado dos venenos. São elas: Monsanto; Syngenta; Bayer; Dupont; DowAgrosciens e Basf. Nesse quadro, os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações. Ficam atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza.
Os ingredientes ativos presentes nos agrotóxicos podem causar esterilidade masculina, formação de cataratas, evidências de mutagenicidade, reações alérgicas, distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares, no sistema imunológico e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios, desenvolvimento de câncer, dentre outros agravos à saúde. O uso de agrotóxicos está deixando de ser uma questão relacionada especificamente à produção agrícola e se transformando em um problema de saúde pública e preservação da natureza.
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
A Campanha é um esforço coletivo, assumido por um conjunto de organizações e pessoas, que visa combater a utilização de agrotóxicos e a ação de suas empresas (produtoras e comercializadoras), explicitando as contradições geradas pelo modelo de produção imposto pelo agronegócio.
Objetivos da Campanha
• Construir um processo de conscientização na sociedade sobre a ameaça que representam os agrotóxicos, denunciando os seus efeitos degradantes à saúde (tanto dos trabalhadores rurais como dos consumidores nas cidades) e ao meio ambiente (contaminação dos solos e das águas)
• Fazer da campanha um espaço de construção de unidade entre ambientalistas, camponeses, trabalhadores urbanos, estudantes, consumidores e todos aqueles que prezam pela produção de um alimento saudável que respeite ao meio ambiente;
• Denunciar e responsabilizar as empresas que produzem e comercializam agrotóxicos. Criar formas de restringir o uso de venenos e de impedir sua expansão, propondo projetos de lei, portarias e outras iniciativas legais.
• Pautar na sociedade a necessidade de mudança do atual modelo agrícola que produz comida envenenada para um modelo baseado na agricultura camponesa e agroecológica
As principais exigências da Campanha
• Exigir que o MDA e Banco Central determinem a que seja proibido a utilização dos Créditos oriundos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF para a aquisição de agrotóxicos, incentivando a aquisição/utilização de insumos orgânicos e a produção de alimentos saudáveis;
• Exigir da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – a reavaliação periódica de todos os agrotóxicos autorizados no país, além de aprofundar o processo de avaliação e fiscalização à contaminação de água para consumo público;
• Que os governos estaduais e assembleias legislativas proibam a pulverização aérea (feita pela aviação agricola) de agrotóxicos em seus estados;
• Que o Ministério da Saúde organize um novo padrão de registro, notificação e monitoramento no âmbito do Sistema Único de Saúde dos casos de contaminações, seja no manuseio de agrotóxico, seja na contaminaçãopor água, meio ambiente ou alimentos, orientando a todos profissionais de saúde para esses procedimentos;
• Que haja fiscalização para que se cumpra o código do consumidor e todos os produtos alimentícios tragam no rótulo se foi usado agrotóxico na produção, dando opção ao consumidor de optar por produtos saudáveis;
• Aumentar a fiscalização das condições de trabalho dos trabalhadores expostos aos agrotóxicos, desde a fabricação na indústria química até a utilização na lavoura e o manuseio no transporte;
• Exigir que o Ministério Público Estadual e Federal, e organismos de fiscalização do meio ambiente, fiscalizem com maior rigor  o uso de agrotóxicos e as contaminações decorrentes no meio ambiente, no lençol freático e nos cursos d’água.